Redução de Custos com Azure Reserved Instance
A alguns meses, em Julho, abordamos o uso de formas de licenciamento alternativas para reduzir custos com o Azure usando CPP e AHUB em http://www.marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-Convertendo-Licenciamento-para-Azure.aspx
O CPP (Compute Pre-Purchase) é um recurso muito bom por permitir comprar um pacote de horas para determinado tipo de instância de VMs no Azure.
Mas a Microsoft surpreendeu a algumas semanas o grupo de MVPs e time comercial com informações sobre uma nova oferta, o Reserved Instance: https://azure.microsoft.com/en-us/pricing/reserved-vm-instances/

Segue um resumo que montei para explicar as diferenças principais entre os modelos:
Como é no CPP | Como será o Reserved Instance (RI) |
Cliente compra o perfil de VM por 12 meses | Compra pode ser por 12 ou 36 meses |
Não se compra uma VM especifica e sim um pacote de horas (744 horas) de um determinado tipo de instancia | Compra de um perfil especifico de uma VM |
Não é possivel cancelar e fazer um upgrade do perfil da VM | É possivel revender para outro cliente pelo portal como é na AWS, ou vender para a própria MS. Existe um deságio de ~12% que ainda será publicado |
Oferece desconto de 30 a 50% | Oferece desconto de 40 a 70% |
É comprada por SKU e por meio de um LSP | É adquirida pelo próprio cliente no portal, administrado por ele e debitada dos Monetary Commitment |
É necessário utilizar um contrato de volume como EA ou MPSA | Por ser baseado em Monetary Commitment, permite qualquer tipo de pagamento |
Cada SKU é de uma região (Datacenter) e não pode ser alterada | Cliente pode mover para outras regiões pelo portal do Azure |
Fique atento ao GA do Reserved Instance por utilizar o link no inicio deste artigo.
Adquirindo e Licenciamento o Azure OMS – Operations Management Suite
Apresentamos muitas vezes ao cliente esta solução, que executada no Azure traz beneficios muito grandes para que é administrador de TI.
Já foi muito falado do OMS, originalmente chamado de System Center Advisor, depois de Log Insights (http://www.marcelosincic.com.br/post/Utilizando-o-Azure-Log-Analytics-(OMS)-e-o-SCOM-na-Mesma-Maquina.aspx e http://www.marcelosincic.com.br/post/System-Center-Advisor-Previewe28093Novidades.aspx)
Gosto muito de demonstrar as soluções de Health Check (Active Directory e SQL) e Change Log:

Mas muitos não entendem como é o licenciamento para se adquirir essa solução.
Quais são as possibilidades de adquirir?
Primeiro é bom lembrar os níveis básicos que um espaço de gerenciamento (como são chamados as “tenants”) podem ser:
- Free – Útil para testes pois não limita a apenas alguns dos pacotes de soluções, mas a coleta é limitada a 512kb por dia de logs e retenção de apenas 7 dias
- Standalone – Permite coletar sem restrição de tamanho e retenção de 30 dias (pode ser customizado), não tem preço por servidor/nó e sim por storage consumido. Porem, não permite utilizar todos os pacotes de soluções, que precisam ser adquiridos em pacotes E1 ou E2
- Standard e Premium – Permite coletar sem restrição, retenção de 365 dias e permite utilização de pacotes de soluções, dependendo do nivel escolhido
- OMS – Este é o bundle E1 ou E2 que pode ser adquirido conforme a necessidade de pacotes, com preço por nós gerenciados e que inclui licenciamento do System Center e outros serviços
Qual dos modelos vale a pena?
Se a sua intenção é utilizar os contadores e soluções como Healthy Check e algumas analises, pode optar pelo plano Standalone onde poderá usar diversas soluções pagando apenas o tanto de log que armazenar.
Porem com o Standalone não é possivel evoluir para outras soluções, como análise de tráfego de rede e mapeamento de soluções.
Por conta dessa limitação, o ideal é ter os bundles de OMS onde poderá escolher as soluções e ainda incluir uma série de serviços e consumo já embutido, alem de todo o licenciamento System Center.
OMS pacotes E1 e E2
Sem dúvida é a melhor opção para empresas, onde você adquire serviços e pacotes com o System Center incluso (ou via add-on se já tiver) e pode utilizar outros serviços já incluidos no preço.
https://www.microsoft.com/en-us/cloud-platform/operations-management-suite-pricing

Como vemos na imagem acima, os bundles são compostos de pacotes de gerenciamento (imagem abaixo), serviços como Backup e Site Recovery e o licenciamento de System Center.
Isso é bem interessante quando comparamos os custos de cada um dos serviços e o que eles já incluem:


Basta comparar o custo de cada pacote de gerenciamento com o valor do E1 e E2 para notar que não vale a pena aquisição Standalone/Standard/Premium, apenas o custo do pacote de Protection/Recovery já é praticamente o valor do bundle E2.
E se eu já tenho o licenciamento de System Center ou o Windows CIS (Cloud Infrastructure Suite)?
Neste caso não precisará pagar duas vezes o System Center, pois como o E1 e E2 já incluem pode adquirir por add-on, ou seja acrescer ao pacote que já possui podendo optar por continuar renovando o licenciamento do CIS/System Center ou convertendo para OMS:

Pessoalmente acho bom para este caso continuar com o licenciamento do System Center/CIS, pois posso utilizar alguns nós com OMS e outros não dependendo do modelo de monitoração que desejo adotar.
Como posso estimar e comparar e decidir estes custos?
A Microsoft possui uma calculadora onde você seleciona os serviços e recebe a comparação entre os bundles OMS E1 e E2 ou aquisições standalone: http://oms-calculator-webapp.azurewebsites.net/home

System Center Configuration Manager (SCCM)–Atualização 1706
Liberado a duas semana, a nova atualização tem muitos novos recursos: http://go.microsoft.com/fwlink/?LinkId=854075
Alguns são importantes pois resolvem problemas e demandas anteriores mas os novos recursos tambem são de interesse:
- Suporte ao SQL Server Always ON (apenas no modo assincrono neste release)
- Integração com Azure AD para autenticação que permite instalar o agente para quem não é usuário em rede local
- Aprimoramento da integração com Intune tanto para Windows 10 quanto dispositivos móveis (iOS, Android)
- Capacidade de importar scripts (!!!) https://docs.microsoft.com/pt-br/sccm/apps/deploy-use/create-deploy-scripts
- Suporte ao novo Windows Update for Business 1703
- Integração com o Operations Manager Suite (OMS)

Software Asset Management (SAM)–Convertendo Licenciamento para Azure
Este tópico é relevante no momento em que estamos de migração para Cloud Publica em muitas empresas.
Dando continuidade a série sobre SAM, vamos pular alguns outros tópicos e dar atenção a Azure. Para ver a lista de assuntos que já abordamos acesse http://www.marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-com-System-Center-Configuration-Manager.aspx
Atualização: Conheça o Reserved Instance no artigo http://www.marcelosincic.com.br/post/Reducao-de-Custos-com-Azure-Reserved-Instance.aspx
1 – Utilizando o Licenciamento Normal para VMs Windows (SPLA)
Ao criar maquinas virtuais no Azure já é possivel definir que o sistema operacional é Windows e pagar o licenciamento embutido como parte do serviço.
Esse modelo de licenciamento é chamado de SPLA e permite a um provedor (não existe apenas no Azure) licenciar VMs como serviços faturado ao invés do cliente comprar a licença perpétua como acontece em ambientes on-premisse.
O custo desse licenciamento é medido por comparar valores de VMs iguais com Windows e Linux em https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/details/virtual-machines/linux/ e https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/details/virtual-machines/windows/
No dia que montei esse post o valor hora de uma VM D2 v2 Linux é de U$ 0,159 e a mesma VM com Windows U$ 0,251. Ou seja uma diferença de 43% no preço da VM.
Por essa diferença de preço que temos opções de usar outras formas de licenciamento que falaremos a seguir.
2 – Utilizando AHUB (Azure Hybrid Use Benefit)
O AHUB nada mais é do que usar a sua licença já comprada em contrato com Software Assurance (SA) no Azure e assim não pagar o licenciamento SPLA.
Note porem que sua licença deve ter SA contratado, ou seja o direito de atualização e virtualização. Se não conhece o SA veja o post http://marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-com-System-Center-Configuration-Manager-Windows-Desktop.aspx onde temos um tópico sobre isso.
No caso de usar o AHUB a diferença de preço calculada no item anterior não existe, já que o licenciamento passa a ser feito em contratação em Enterprise Agreement, MPSA ou mesmo OPEN. O tipo de contrato depende do valor e é adquirido junto a um parceiro de licenciamento Microsoft (LSP).

A Microsoft já disponibiliza os templates para VMs AHUB mas tambem é possivel usar PowerShell com o parametro –licencetype. No caso se usar o portal, basta criar a VM informando isso:

Porém é importante ressaltar que o AHUB é uma maquina Windows criada com a camada de preço do Linux e não é possivel fazer a alteração pelo portal. Ou seja, será necessário recriar a VM caso ela já exista no modelo normal.
Claro que existem formas mais fáceis:
- Deleta a VM, mas não delete o disco
- Crie uma nova VM como AHUB
- Anexe o disco da VM que foi deletada
3 – Utilizando CPP (Compute Pre-Purchase)
O CPP é um velho conhecido de quem usa AWS, com o nome de RI (Reserved Instance), mas com uma diferença. Veja o link a seguir, mas ele não tem muitos detalhes: https://azure.microsoft.com/pt-br/overview/azure-for-microsoft-software/faq/
Enquanto no AWS o cliente compra uma VM de determinado tipo/camada, no CPP do Azure o cliente compra horas de computação de determinado tipo/camada de VM, seguindo algumas regras:
- Equivalem a compra de 744 horas de um deterninado tipo de VM
- São compradas por 12 meses independente do aniversário do contrato (não tem pró-rata)
- Não são vinculadas a uma VM especifica, funciona como um abatimento nas horas totais
- Não podem ser utilizadas ou realocadas para outros tipos de VM como se fosse proporcional
- É paga upfront, ou seja o valor de 12 meses
A redução de custo é significativa, mas o valor depende do tipo de contrato que o cliente possui e o nivel de desconto, em alguns casos chega a 60% para clientes EA.
Para entender o cáculo, vamos usar uma tabela simples de custo HIPOTÉTICO:
VM | Quantidade | Horas Total | Valor Normal | Comprado em CPP | Pago em Commitment | Economia |
D2 v2 | 5 | 3200 | 3200 horas a U$ 0,251 U$ 803,20 | 3 VMs equivalente a 2.232 horas a U$0,16 U$ 357,12 | Saldo de 968 horas U$ 242,96 | U$ 203,12 |
Mais uma vez é importante ressaltar que essas VMs não podem ser atribuidas a outro tipo, o CPP cobre por 12 meses 744 horas mensais de um deterninado tipo de VM.
Porem, alguns clientes utilizam o CPP para upgrade uma vez que a redução de custo permite com o mesmo valor já provisionado para Azure subir de 2 a 3 camadas as VMs já existentes!
4 – Utilizando CPP + AHUB
É possivel combinar o CPP com AHUB? SIM!!!
Levando em conta que o cálculo acima do CPP foi hipotético, usamos o valor referencia de U$ 0,251 para VMs Windows no CPP com valor de U$ 0,16, ou seja uma VM com o licenciamento Windows SPLA.
Se juntar o desconto que o AHUB proporcional, você poderá comprar VMs Linux e usar o licenciamento que já possui em contrato, como exemplo o valor da mesma VM D2 v2 de U$ 0,159 Linux cairia para U$ 0,12 com Windows utilizando o licenciamento existente.
CONCLUSÃO
Com o CPP você pode economizar de 25 a 60% sem ter que fazer nenhum esforço, e com o AHUB você pode criar VMs muito mais em conta utilizando o contrato existente com Windows.
Claro que o CPP é muito mais atrativo, uma vez que ele não exige mudança no template da VM, mas tanto o AHUB quanto o CPP precisam ser incluidos em contratos de licenciamento.
Agora divirta-se, consulte seu parceiro de licenciamento e veja quanto poderá economizar com estas duas opções de licenças!!!
Windows 10 Creators Update–Informações para Administradores
Semana passada a Microsoft liberou a nova versão, ou build, do Windows 10.
Ano passado tivemos a Anniversary Update e continuando o ciclo de vida do Windows 10 este ano o Creators Update.
Algumas perguntas são interessantes considerarmos.
Como baixar o Windows 10 Creators Update
O método recomendado é esperar pelo Windows Update que está sendo liberado por regiões e no Brasil deve iniciar esta semana.
Mas tambem é possivel baixar um assistente em https://go.microsoft.com/fwlink/?linkid=846364
Outra opção para administradores que precisam criar uma imagem é utilizar a biblioteca do MSDN e baixar o ISO ou utilizar o link http://go.microsoft.com/fwlink/?LinkId=691209 e baixar a ferramenta de geração para pen drives.
Quais os novos recursos dessa versão para administradores
Muitas novidades!!! Veja no link https://blogs.technet.microsoft.com/windowsitpro/2017/04/05/whats-new-for-it-pros-in-the-windows-10-creators-update
Algumas se destacam como as novas opções no Hyper-V do Windows 10 como as novas opções de visualização que atrapalhavam bastante como DPI, zoom e resolução.
Mas uma das novidades que chamam a atenção é o Windows Configuration Designer (https://www.microsoft.com/pt-br/store/p/windows-configuration-designer/9nblggh4tx22#), ferramenta que permite customizar uma imagem ou criar um arquivo de padronização.
Antes do WCD precisavamos instalar todo o Windows ADK para utilizar o MDT ou outras funcionalidades, e agora podemos apenas utilizar o WCD em modo gráfico Windows 10:

Quem pode baixar o Windows 10 Creators Update
Por se tratar de um update, qualquer máquina que já tenha Windows 10, lembrando que a oferta de upgrade gratuito do Windows finalizou já a um bom tempo.
Para os administradores de TI é bom relembrar que agora temos o Windows Enterprise E3 e E5 com recursos especificos e entregues como serviço.
Quem utilizar o Windows Enterprise precisa recriar a imagem caso tenha utilizado o LTSB nos deployments controlados.
Para detalhes do Windows As Services: https://technet.microsoft.com/itpro/windows/update/waas-overview